
As plantas medicinais aromáticas, ou condimentares, são as que exercem maior atração para o consumo na alimentação. Basicamente, a ingestão de pequenas quantidades diárias de condimentos na alimentação desencadeia uma maior salivação e produção de ácidos digestivos estomacais.
Esses fatores acabam, por si sós, contribuindo para um bom processo digestivo, fazendo também com que os nutrientes passem de maneira mais harmônica para a circulação, o que aumenta a ativação das defesas naturais.
Outra ação positiva dos condimentos é que a maioria deles tem caráter alcalino, como é o caso do aipo, do alho-poró, da cebola, do anis-estrelado, da canela, das pimentas, do açafrão e muitos outros. No nosso organismo, há uma falta de equilíbrio freqü ente entre o ácido e o básico, com uma tendência muito constante ao ácido – devido, principalmente, ao estresse, à vida sedentá ia e à falta de descanso.
O estresse causa uma liberação de grande quantidade de adrenalina na corrente sangüínea, o que aumenta a oxigenação das células, desencadeando a produção de substâncias ácidas pelo corpo e a eliminação excessiva de vitaminas e sais minerais pela urina. Essa condição ácida deixa o organismo com uma baixa resistência às doenças, predispondo-o a infecções.
Nesse ponto, os condimentos entram como coadjuvantes no processo de equilíbrio do corpo. Além de serem fontes de vitaminas e minerais, ajudam no balanço á cido-base do metabolismo corporal.
Com fins terapêuticos, as plantas aromáticas podem ser usadas na alimentação de forma regular e em pequenas quantidades. Cada uma delas apresenta uma função muito específica, mas podem ser agrupadas de acordo com a ação em um mesmo tempero, incrementando o sabor e o aroma dos alimentos.
Alguns condimentos servem ainda para facilitar a digestão e evitar a fermentação intestinal. Em situações especiais de saúde física, os temperos também se têm mostrado muito benéficos.
Pesquisas demonstram, por exemplo, que a adição regular de canela e cúrcuma na alimentação, em pequenas quantidades diárias, pode desencadear um resultado positivo na produção de insulina no corpo, dica muito útil para os diabéticos.
Algumas plantas, porém, são contra-indicadas em algumas situações. Pessoas com câncer e Aids e mulheres gestantes e lactantes devem utilizar os condimentos de forma parcimoniosa, sempre com orientação médica. De modo geral, recomenda-se a eliminação de cebola, cebolinha, alho e alho-poró da dieta. O alho, contudo, tem-se mostrado eficaz no tratamento complementar do câncer de estômago. A cebola também mostra alguns efeitos antitumorais.
Outro caso de restrição é o de pessoas com pele acnéica e problemas de gastrite e úlcera estomacais. Pimentas e temperos fortes, nesse caso, são contra-indicados em quantidades elevadas, pois têm ação muito estimulante e aquecedora no organismo, podendo agravar o problema. A adição geral de condimentos pode até ser feita, mas sempre seguindo critérios bem específicos.
Em casos especiais, o ideal é procurar sempre um profissional capacitado que possa fornecer recomendações individuais para a utilização criteriosa e positiva dos condimentos na alimentação.
A forma como a planta condimentar é usada na dieta também irá definir seu potencial terapêutico. Quando o objetivo do consumo de ervas aromáticas é estritamente terapêutico, recomenda-se a utilização do condimento na forma fresca, pois durante a desidratação, por mais criteriosa que seja, sempre há perdas e alterações de alguns compostos existentes. Isso pode ser facilmente notado nas diferenças de aroma, sabor e cor de uma infusão feita com ervas frescas e outra feita com ervas secas.
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