É o estimulante legal mais usado
no mundo. A cafeína é mais comumente associada ao café e às bebidas à base de
cola que contém cafeína e flavorizantes extraídos de fontes naturais (grãos de
café e nozes de cola, respectivamente).
O chá contém quantidade
significativa de cafeína e teofilina, enquanto o chocolate (cacau) contém
quantidades relativamente baixas de cafeína e teobromina. Teofilina e
teobromina são parentes químicos da cafeína.
A cafeína não produz uma
verdadeira euforia, mas causa dependência psicológica, aumenta a vivacidade, a
performance mental e a motora, especialmente nos fadigados. Estes sintomas,
junto com alguns dos efeitos de doses altas – por exemplo, agitação e até
convulsões – acontecem principalmente pelo bloqueio dos receptores de
adenosina.
A adenosina é um hormônio local autorregulável
que modula (normalmente inibe) a função da maioria das células no corpo. A
quantidade de cafeína em 2 ou 3 xícaras de café bloqueia 50% dos receptores de
adenosina.
Entre os efeitos conhecidos da
cafeína estão a estimulação do coração (aumento do ritmo e potência, e às
vezes, ritmo acelerado) e a diurese (aumento do volume de urina). A dilatação
das vias respiratórias é um efeito menos conhecido que ocorre com um grau ainda
mais elevado de teofilina, usado no tratamento da asma.
O consumo muito grande de cafeína pode causar o cafeinismo, um complexo de ansiedade, irritabilidade e depressão e um aumento do nível de vários hormônios no sangue associados ao estresse.
As adaptações celulares ocorrem com o uso crônico, causando tolerância aos efeitos que a cafeína produz. Uma retirada suave pode provocar letargia, irritabilidade e dores de cabeça, em um indivíduo com ingestão prolongada de 600 miligramas (6 xícaras de café) ou mais por dia.
A adenosina comprovadamente acentua os efeitos cardiovasculares causados pela nicotina. Fumantes podem ser capazes de compensar isto com o alto consumo de café, porque a maior ingestão de cafeína bloqueia mais receptores de adenosina e limita estes efeitos.
Fontes:
Gesina L. Longenecker,PH.D. Como
agem as drogas, Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee
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